Há poucos dias, tive uma experiência maravilhosa, vi-me na posse de verdadeiras cartas de amor, aquelas escritas á mão com a melhor caligrafia possível, sem um único rascunho, de tanto que eram passadas a limpo, onde além das saudades e das eternas juras de amor, só era permitido uma mancha se fosse fruto de uma lágrima!
Não me lembro de alguma vez ter escrito uma carta destas, até porque quando tive idade e sentimentos para isso, já email, sms, mms ... e outras tecnologias lideravam as nossas formas de comunicar, mas confesso que nada se compara a uma carta de amor!
Confesso que passei largas horas completamente deliciada com aquelas cartas, não tantas como as horas necessárias para as fazer chegar ao seu destino quando foram escritas, normalmente quando o namorado estava em serviço militar e pior ainda se estava na guerra!
Estas cartas são a melhor prova de que sou fruto do amor, estas cartas são as dos meus pais e dos meus avós. E ainda bem que só agora as li, pois só agora as compreendo!
Hoje temos outras formas de transmitir os nossos sentimentos, mas há 70 anos atrás tudo era diferente, talvez até mais romântico ... e numa época em que quase era proibido roubar um beijo, eram estas cartas o veiculo de verdadeiros sentimentos e mesmo desejos.
Provavelmente não deixarei cartas de amor, mas espero um dia deixar aos meus netos uma recordação tão boa, quanto a que os meus avós me deixaram depois de ler estas cartas!
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