Ontem numa conversa de amigos entre empurrões (porque apesar do frio o bairro estava á pinha) e copos tive a noção real do quanto a nossa geração é livre de preconceitos, bem sucessida e independente. Passo a explicar a minha constatação que não é de agora, mas ontem tive uns momentos de ausência (espero que os amigos não tenham reparado) e fiquei a pensar nestas coisas.
As mulheres vão ao futebol, gritam pelo seu clube, chamam nomes ao arbitro, comem a bela bifana e a bela cervejinnha antes de entrarem para o estádio, por vezes acompanhadas por amigos, raramente por namorados, acho que os assustamos com esta veia de "homem".
Eles, aqueles que são homossexuais, ficam em casa a testar mil e um pratos na bimbi que depois dão a provar ás amigas nos deliciosos jantares que fazem (e que nós adoramos sempre). Os hetero, bem aqui das duas uma, ou já temos um cá em casa que nos ama realmente, atura os nossos SPM e aquece os nossos pés nas noites frias entre ouras coisas ... ou então esqueçam! Fogem de nós a sete pés, quer dizer da possível relação que possam ter, não do sexo é claro, mas começo a pensar se não andamos nós também a fugir deles. Pertenço a uma geração, ou a um grupo de amigos, já não sei, onde todos nós temos o nosso trabalho, a nossa casa, pagamos as nossas contas, vamos de ferias quando queremos e não damos satisfações a ninguém! Somos emocionalmente dependentes dos pais (seremos toda a vida) e dos amigos ... temos todos uma vida tão preenchida que acho que por vezes assustamos o sexo masculino ... ou somos nós que andamos assustadas ....
Bem independentemente de tudo isto ... afinal parece que a geração rasca (a faixa nova) se saiu muito bem! Convivemos muito bem com as diferenças culturais, sexuais, partidárias ... entre outras .... ou então nada tem a ver com gerações e eu tenho a sorte de ter um grupo de amigos fantásticos ... do mais diferente possível, mas do melhor que há ...
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